sábado, 5 de abril de 2014

Da escola...

Este menino tem-nos surpreendido cada vez mais. Tem um comportamento exemplar e as notas... muito boas. Na escola, está cada vez mais adaptado e confiante. Revela já uma forte tendência para uma área: matemática, claramente. Devora números, vive números, respira números. Adormece a fazer contas, implora para que lhe façamos desafios matemáticos e depois fica tão empolgado que demora para adormecer. Já classificou uma aula de matemática como a melhor aula da sua vida! Imaginam o meu espanto? Eu que sempre motivei o meu menino para as artes e as letras e o rapaz adora a matemática!!! O pai, claro, está radiante. Eu também, mas nunca apostei nessa área... já o português... meteu na cabeça que não é tão bom... que tem mais dificuldade... que o aborrece... que é chato!!! Ora, não deixo de lhe dar alguma razão, já que os tpcs são em grande número e muitas vezes são cópias... ele acha aborrecido e repetitivo... eu também. Nunca pensei que nesta altura do ano letivo já lesse e escrevesse da maneira que o faz. Isso acontece graças à repetição e treino. Não há volta a dar. A prova está nele mesmo.
As notas dos testes são sempre entre os 90% e os 100% em todas as áreas. E graças ao significado que (provavelmente a escola - dele - incute nos alunos) estes valores têm para ele e para os amigos, depois do primeiro teste de matemática do 2º período (96%) fartou-se de chorar (dois dias) porque queria ter tido 100%??? Ora, a frustração é necessária e terá de aprender a lidar com ela... aqui em casa desvalorizamos competições severas (como sei que existem) para que tente ser o melhor e blá blá blá... mas percebemos que começa a sentir alguma pressão nesse sentido. Isso preocupa-me. Na minha altura não me lembro de ter sentido essa pressão tão precocemente. E não gosto da ideia. Gosto de valorizar as qualidades, só e apenas.
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Não gosto da pressão que tantos pais fazem (que me perdoem) para que os filhos sejam os melhores em tudo!!! Custe o que custar! Doa o que doer!!! Seja a que preço for!!! Não gosto, a sério... não gosto.
Gosto de saber que há crianças que são bons, mas bons naturalmente... não porque foram pressionados... (e há muitas maneiras de pressionar)....
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Fico sempre com a ideia: "E a infância? Onde ficou?"
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Se estou errada? Talvez até esteja e talvez até devesse forçar mais alguns aspetos da formação pessoal do meu filho, mas ele está tão bem... a meu ver... que não me apetece transmitir-lhe (já) a ideia de que este mundo é muito complicado e feroz e severo connosco... quero vê-lo durante muito tempo a viver... apenas... e a ser, sem pressões.

Fada dos dentes

No dia 27 de março fomos ao dentista... que por acaso é a minha vizinha da frente, que por acaso é um amor, uma simpatia :-)... fomos porque o dente de cima estava a abanar e porque queria aproveitar para saber como estavam os dentes do Gui. Pois assim que lá chegámos não tivemos tempo para "respirar"... eis a minha querida dentista, de seringa para anestesia pronta. Em 10 minutos o Gui estava sem dente. Por pouco (tive de pedir) não ficava sem os dois. Não teve dor, portou-se como ele sabe ser: um homem! De lá veio sem o dente, com um diploma, pasta dentífrica nova e com muitas esperanças que a fada dos dentes viesse visitá-lo. E veio. E foi quase mais giro do que receber a visita do pai natal.
Na manhã seguinte tinha uma nota de 10 euros (sim, uma fada demasiado generosa, mas foi uma exceção, hoppe so...) e um sorriso que não cabia no rosto :-). Confessou-me baixinho, com vergonha do pai (não queria que o pai ouvisse), que achava que era uma coisa inventada e que as fadas não existiam!! "Afinal existe mesmo!!!!!!!!" :-)