sábado, 29 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
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É engraçado como cada ser atribui dimensões tão diferentes à mesma situação. É tão fácil compreender os nossos limites e mudar o rumo das coisas... se quisermos. E tão difícil compreender contradições tão lógicas. O ser humano é complexo demais... este mundo não é para sensíveis.
Ponto final.
Uma semana depois...
... a febre foi. Finalmente. O meu pobre bebé... acalmou e já está muito melhor. Ontem recebeu duas prendas qua andava a pedir há algum tempo... ele merece e vai com certeza ajudar no seu desenvolvimento criativo... que não é pouco... como não tinha pensado nelas antes???? Um quadro negro para brincar com giz e um quadro magnético para desenhar e apagar milhares de vezes... Desejou-as muito desde o dia em que as viu em casa de uma amiguinha. Adiei até ontem... e acho que fiz tão bem!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
7º dia de febre
7º dia de febre e eu jamais pensei que a febre de 6ª feira tivesse estes contornos... jamais pensei. Rinofaringite: fujam dela...
2º antibiótico desde sábado. O primeiro acabou na 2ª feira...Sinais:
febre alta que teima em não ceder;
nariz obstruído;
tosse seca;
inflamação da garganta;
língua e boca avermelhados;
falta de apetite e dor ao engolir;
cansaço físico;
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Quadro clínico...
...é o seguinte: após 5 dias com febres demasiado altas, alguém, finalmente, soube dizer-me qual a causa: uma rinofaringite. Não sei se é assim que se escreve, mas sei que o meu menino continua com temperaturas que passam frequentemente os 39º. Ontem fomos procurar ajuda duas vezes. A primeira às urgências onde nos foi dito que devíamos aguardar... até a febre passar. 11h. A segunda, no consultório pediátrico, onde nos foi dada a tal resposta concreta e prescrito mais um antibiótico, desta vez para fazer durante 7 dias...
Agora pergunto: de manhã até à tarde a situação era assim tão diferente? Ou o médico (que centenas de pessoas apelidam como o melhor da ilha) é mesmo um incompetente arrogante? Perdoem-me, mas estou farta deste sistema de saúde e destes médicos que não valorizam os sinais que referimos aquando das nossas preocupações: "ele podia estar um mês com febre, não seria o primeiro, nem será o último... ele está a sorrir e isso é que importa. Pode dizer-me que normalmente ele estaria aos saltos e a correr, mas não está abatido e a desmaiar..." Pois não. Tirando o facto de estar sob o efeito de brufen e rodeado de 3 médicos que estão a meter conversa com ele... estou fartinha.
Outra noite de sofrimento a que passou. Mais um dia sem se alimentar... mais um dia em que tenho de inventar a história macabra do homem do saco que vem e leva os meninos que não comem, para que ingira algum alimento...
rezo agora para que o antibiótico faça efeito antes das 48h. Porque me foi dito que só após esse período é que começa a fazer efeito. Já fez duas tomas... e rezo fortemente para que isso não aconteça nesta situação. Garantiram-me ainda que posso esperar por febre pelo menos mais 3 dias. Alguém tem uma varinha de condão e fazer um feitiço bom??? Estamos mesmo a precisar. Obrigada
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Terapia da fala
...esquecendo a febre... a terapia da fala.
Já tivemos duas sessões, ambas diagonósticas. Dessas sessões resultou o que já era esperado (mais uma vez: coração de mãe sabe sempre... 6º sentido garantido no nosso género...): o Gui tem evidentemente um problema fonológico, não de desenvolvimento da linguagem. Detectou-se, através dos vários testes, dificuldade em pronunciar sons, especificamente quase todos os que implicam movimentos com os lábios: B, V, F, P... basicamente. Tem muita facilidade em usar a língua quando os sons necessitam da sua interacção com os dentes e o céu da boca. Tem a arcada superior ligeiramente projectada e os dentes mais arqueados graças ao uso da chupeta durante o sono. Assim, as regras são estas: tirar a chupeta, abusar de tudo o que implique mastigação e trabalho maxilar, brincar com os sons com os quais tem mais dificuldade. Ontem faltámos à sessão 1 de aprendizagem das técnicas a desenvolver. Por isso, até à próxima, mantemos o nosso registo de brincadeiras com os carros e tudo o que possa envolver sons. Inventámos algumas regras que já tínhamos aplicado há uns meses nestas mesmas brincadeira. Instintivamente. Agora confirmadas. Os carros têm de fazer sons como: vrum, vává, vuvu, fum, fifi, bram e o habitual pipi ;-)... no drama, penso eu. Já passámos por tantas coisas... só queremos acelerar o processo.
Ele já se apercebeu. Não sei se é bom ou mau. Mas ontem ele dizía: "Mãe, não consigo dizer "xa"(va)"... :-( coração de mãe sofre.
Da consulta não vêm só notícias menos boas. É que, se por um lado, há dificuldade fonológica em determinados sons, por outro lado, ao nível do desenvolvimento linguístico e de raciocínio é exactamente ao contrário... por isso... desde que o tempo resolva este "pequeno" problema, ansiamos rapidamente por ouvir tudo o que sabe, sem se engasgar. Esperamos por isso com fé.
E agora, só em tipo de reflexão, eu pergunto, tal como perguntei à médica que o está a acompanhar: "E se... fossemos pais ausentes e despreocupados? E se não conversássemos com ele? E se não estivéssemos permanentemente "lá"? E se não brincássemos e não contássemos histórias? E se não fossemos à biblioteca, aos museus, aos correios...? E se não lhe explicássemos nada do que o rodeia?" Resolver-se-ia sem terapia? O problema seria maior e mais grave? Como explicar que isto aconteça a uma criança que tem "tudo" para si. Tudo significa: os bens mais preciosos. Amor, carinho, atenção, aconchego, mimo, calor, olhares, ternura... tudo. Como será com aquelas crianças (porque as há, infelizmente...) que "nada" têm? A "coisa" resolve-se só por si... terá de ser a escola, num período mais tardio, a resolver a questão? Ou ninguém actua e a criança poderá num futuro mais ou menos longínquo ter problemas... dos mais diversos pontos de vista?
Questões de mãe, apenas. Mãe de primeira viagem, mãe de um, mãe preocupada, ligeiramente revoltada, inconformada, persistente e teimosa q.b..
E... depois há internet... que assusta. Mais vale não ler, não ver, não ouvir, não saber... noc noc (na madeira... da mesa do escritório... não a do Alberto João Jardim...).
A situação é esta...
...desde 6ª feira que a febre teima em não ceder. Voltámos há pouco das urgências, onde foi observado por um pediatra que nos disse que o antibiótico (Zithromax) que fez foi desnecessário, mas que, já que o fez, agora até ajuda, porque está um uma inflamação na garganta. Disse-me que, provavelmente, dentre de mais 48 horas a febre irá desaparecer. Isto dito com a calma que só os médicos têm. Preocupada... mantenho-me em casa dando-lhe o aconchego necessário para o ajudar a suportar a temperatura quente que o corpo tem há 5 dias.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Doente...
...foi assim que passou o fim de semana. Com febre que teimou em não ceder. Braços de força com Ben u ron e brufen do qual sairam derrotados os dois ultimos vilões... Amanhã é segunda e não sei se vou trabalhar...
Boa semana
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Rotinas de final de dia
Temos feito coisas interessantes depois do Gui sair da creche. Por norma, antes e o ir buscar, preparo tudo em casa para depois lhe dedicar algum tempo de qualidade. Algo que temos conseguido e isso tem reflectido-se no seu bom humor. Temos "escrito" cartas para familiares e quando ele quer vamos ao posto de correios enviar. Adora todo o processo que isso implica. Sente-se "Quexido".
Outros dias, na sua maioria, opta por querer ir à biblioteca... onde estamos sentados no chão a ler, jogar, rebolar e mimar... depois ele escolhe alguns livros para ler ao deitar... e... adivinhem lá qual é o livro favorito e que nunca quer trocar????? Lá está: Pedro e o Lobo. AMA de coração, de tal forma que ontem na creche quis dormir com o livro... no carro vai com o livro na mão enquanto ouve a história, em casa permanece com ele e quando não está com o livro está a fazer questões sobre a história... adoro!
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Consoantes
Este é o grupo de letras que o Gui troca pelo X. Agora imaginem uma frase em que muitas palavras comecem por S, V ou F. Para além daquelas mais óbvias e habituais da sua idade: R (no meio de algumas palavras), etc...
É claro que estou preocupada. É lógico que me preocupo quando o meu filho diz frases muito completas mas só entendem 1/4 do que é dito. À excepção de nós, pais, e dos amigos próximos... e dos familiares nas férias, após algum hábito e traquejo a substituir o errado pelo correcto automaticamente no nosso cérebro.
Assim... ainda mais apercebendo-me que ele quer "puxar" mais de mim... acho que vamos fazer um diagnóstico.
Assim... ainda mais apercebendo-me que ele quer "puxar" mais de mim... acho que vamos fazer um diagnóstico.
Imagine-se:
o axô xai ali xora xaxer uma coixa
mãe, xai xair
o axiaõ xai xoar
a água xai xerter no xarco
o xarco xai xugir
Imagine-se... e agora coloque-se tudo em contexto diário e imagine-se o esforço de quem quer ser compreendido... a sua frustração e a sua tristeza... tantas vezes desiste... e eu fico assim, de mãos vazias, como a Monalisa, com um sorriso neutro a ver "se me safo" e a dizer... palavras neutras também.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Bambi
Pedro e o lobo (1946) - part 2 (Portuguese narrator)
Sem dúvida que a parte visual para o Gui não é tão apreciada... a história sem imagem é bem mais interessante...
Pedro e o lobo (1946) - part 1 (Portuguese narrator)
É esta a narração que o Gui tanto gosta... descobri-a em filme! Enjoy!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Da febre e do JI
Depois de um dia em casa sem antipiréticos, nem xaropes para a pouca tosse... apenas vapores, o Gui regressou hoje à escola. Bem disposto, com bom ar. Esperemos que este estado se prolongue por muito tempo.
Ontem, após uma entrevista, inscrevi o Gui numa escola (confesso que não fazia parte da minha lista prioritária) contra grande parte das nossas espectativas... depois de avaliar bem as condições em que ele estará inserido, se não tiver vaga no JI que desejavamos, ficará nesta escola. Com regras mais rígidas do que sonhei... a roupa, o calçado, os horários, a alimentação, as regras... Voltei a ouvir: "garantimos o sucesso..." :-(... ok. Aceito. Atempadamente poderei dialogar com a educadora e transmitir-lhe que prefiro o afecto, nesta faixa etária, às exigências cogniticas...
Agora rezo, com o coração apertado, para que a sorte tenha batido à nossa porta, nomeadamente à do meu filho. Há males que vêm por bem. O Gui irá integrar uma turma de 4 anos. Havia uma vaga. Se não fosse para essa vaga teria de ficar na sala dos 3. Como tinha ambas as possibilidades, depois de ouvir várias pessoas, optei por inscrevê-lo na sala dos 4.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Febre
Hoje de manhã num intervalo, em diálogo com uma amigas:
- Como está o Gui?
Hoje de tarde na escola do Gui:
- Como está o Gui?
- Está bem... agora que já tem mais do que três anos aposto que já não fica mais doente.
- Hum... a minha foi até aos 8.
- É lá, não me desmotives.
- E o meu foi até aos cinco, mais ao menos...
- Bom... mas o meu feeling diz-me que agora o Gui já não vai ficar doente tantas vezes. Esta é a segunda semana cá na ilha e até agora tudo ok!
Hoje de tarde na escola do Gui:
Vi-o a brincar, super bem disposto e quando chegou ao me colo notei de imediato que estava quente. Pensei que fosse por andar a correr...
- A. P. não acha que o Gui está muito quente?
- Ele esteve a correr, mas vamos já verificar...
- Ups. 38º...
Porqêêêêêê???????
Conclusão:
Pela boca morre o peixe?
sábado, 8 de janeiro de 2011
fim de semana
Raras são as excepções durante o inverno nesta ilha. É fim de semana, portanto chove. São 17h 30m e o Gui está amando a cama. Passámos a manhã inteira em limpezas e arrumações. E com casa limpa e a cheirar a fresco amoniacal só apetece nada fazer... e nós hoje tirámos a tarde para isso mesmo.
Nota:
- evolução em termos de brincadeira. Não exige tanto a nossa presença. Encontra nos objectos mais simples entretenimento que mantém por períodos mais longos e silenciosos.
e
- acho que um/a mano/o lhe faria bem. A questão é? A mãe é forte que baste (emocionalmente) para se atirar a outro amor assim??
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Procura dos JI
Passei a tarde a ver Jardins de Infância e a inscrever o Gui em alguns deles, mas confesso-me assustada e assustada e com vontade de chorar. Apenas um ou dois preenchem grande parte (não a totalidade) dos requisitos que desejo para ele. Fui aos mais conceituados ($???), excluí os que têm referências negativas, e fui a alguns que até desconhecia a sua existência. Os mais conceituados têm e usa regras firmes e programas de ensino "exclusivos para formar cidadãos mais cultos e com melhor formação". Sério? Robots... talvez. "Fazemos questão que entrem e saiam a horas rigorosamente estabelecidas"... Hum hum... "Ao valor da mensalidade é necessário acrescentar o prolongamento, as actividades extra curriculares e 70 euros se quiser que ele faça cá as refeições." Boa! Como garantem assistência no "prolongamento"? "Tem sempre alguém a vigiar". Hum hum... E onde ficam? "Temos salas com os melhores equipamentos, onde as crianças, independentemente da idade, ficam.... OK OK... vou ali e já volto, sim? Obrigada.
Não fui aos "negativos". Inscrevi-o nos 3 que desejamos porque cumprem o que mais desejamos para ele: Boas instalações, boa equipa pedagógica, aconchego, carinho, atenção, sestas, espaços abertos e seguros, actividades lúdicas...
Um deles, é o JI "gémeo" da creche do Gui. O Funcionamento é muito parecido, a equipa pedagógica tem a mesma formação da creche do Gui e todos se relacionam. Era, desde sempre a que nós colocámos em primeiro lugar, já na altura de escolher a creche, por isso... vamos fazer figas. ;-)
Mas o resumo do meu dia ontem foi: drama. E repetindo as palavras de uma amiga: "as creches, na sua maioria, são castradoras". Entrei numa, que desconhecia e da qual me falaram bem e fiquei agoniada. Entrei lá às 13h para pedir informações. Estavam, um grupo de crianças, a ver TV (não reparei o canal, mas não era nada seleccionado. Pediram-me para regressar às 16h para falar com a Educadora que tinha ido almoçar. Cheguei à hora marcada. O Grupo de alunos mantinha-se no mesmo lugar, desta vez a ver circo... na TV. À sua volta, sentadas no chão, permaneciam as 2 auxiliares, sentadas no mesmo lugar. Veio falar comigo a educadora, cansada, exausta e que me perguntou se não poderia regressar noutro dia, já que não sabia "para onde se virar". Disse-lhe que não. Queria ver. Mostrou-me as instalações (novas em folha) e as únicas duas salas de aula (abertas por uma porta que une ambas) onde as crianças (50 no seu total) de todas as idades se juntam independentemente da idade e segundo ordem de chegada. Não vi trabalhos. Os mais novos desceram da sala de dormir. Estavam a preparar o lanche. Lá fora, um espaço de 30m quadrados, acolhia um escorrega, um baloiço e dois cavalos de baloiço, para onde todas as crianças vão quando o tempo permite...
Saí dali e fui directa buscar o Gui. A emoção tomou conta de mim. A raiva também. Ele não poderá ali continuar independentemente da quantidade (imensa) do nosso desejo. Impotência. Sem barulho, todos nos olham e sorriem, as crianças não choram, comem com a máxima higiene e têm em cada criança um ser que requer cuidado e atenção. Com carinho encaminham-nos para as salas, limpas mais do que 2 vezes por dia. Nas salas criam, inventam e estão seguras. A sala do Gui tem uma educadora e três auxiliares. São 14 crianças. Ele devolve-me o beijinho que lhe deixo na mão fechada (todos os dias) e abraça-me enquanto partilha com os seus amigos que aquela é "a minha mamã!" :-). Saímos de lá acenando e dando beijinhos a quantos aparecem. É uma família. Quando voltarei a encontrar isto?
Suspiro.
Não fui aos "negativos". Inscrevi-o nos 3 que desejamos porque cumprem o que mais desejamos para ele: Boas instalações, boa equipa pedagógica, aconchego, carinho, atenção, sestas, espaços abertos e seguros, actividades lúdicas...
Um deles, é o JI "gémeo" da creche do Gui. O Funcionamento é muito parecido, a equipa pedagógica tem a mesma formação da creche do Gui e todos se relacionam. Era, desde sempre a que nós colocámos em primeiro lugar, já na altura de escolher a creche, por isso... vamos fazer figas. ;-)
Mas o resumo do meu dia ontem foi: drama. E repetindo as palavras de uma amiga: "as creches, na sua maioria, são castradoras". Entrei numa, que desconhecia e da qual me falaram bem e fiquei agoniada. Entrei lá às 13h para pedir informações. Estavam, um grupo de crianças, a ver TV (não reparei o canal, mas não era nada seleccionado. Pediram-me para regressar às 16h para falar com a Educadora que tinha ido almoçar. Cheguei à hora marcada. O Grupo de alunos mantinha-se no mesmo lugar, desta vez a ver circo... na TV. À sua volta, sentadas no chão, permaneciam as 2 auxiliares, sentadas no mesmo lugar. Veio falar comigo a educadora, cansada, exausta e que me perguntou se não poderia regressar noutro dia, já que não sabia "para onde se virar". Disse-lhe que não. Queria ver. Mostrou-me as instalações (novas em folha) e as únicas duas salas de aula (abertas por uma porta que une ambas) onde as crianças (50 no seu total) de todas as idades se juntam independentemente da idade e segundo ordem de chegada. Não vi trabalhos. Os mais novos desceram da sala de dormir. Estavam a preparar o lanche. Lá fora, um espaço de 30m quadrados, acolhia um escorrega, um baloiço e dois cavalos de baloiço, para onde todas as crianças vão quando o tempo permite...
Saí dali e fui directa buscar o Gui. A emoção tomou conta de mim. A raiva também. Ele não poderá ali continuar independentemente da quantidade (imensa) do nosso desejo. Impotência. Sem barulho, todos nos olham e sorriem, as crianças não choram, comem com a máxima higiene e têm em cada criança um ser que requer cuidado e atenção. Com carinho encaminham-nos para as salas, limpas mais do que 2 vezes por dia. Nas salas criam, inventam e estão seguras. A sala do Gui tem uma educadora e três auxiliares. São 14 crianças. Ele devolve-me o beijinho que lhe deixo na mão fechada (todos os dias) e abraça-me enquanto partilha com os seus amigos que aquela é "a minha mamã!" :-). Saímos de lá acenando e dando beijinhos a quantos aparecem. É uma família. Quando voltarei a encontrar isto?
Suspiro.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Finalista da creche
Com o anuncio de que "O seu filho é finalista desta escola" e "Sugerimos que inicie já a inscrição noutros estabelecimentos de ensino... junto enviamos toda a listagem dos JIs privados e públicos disponíveis" voltamos a procurar o local ideal, de preferência tão bom ou melhor do que o actual, para deixar o nosso príncipe.
Desejem-nos sorte ;-)
P.s - Hoje o adormecer e as histórias ficaram da responsabilidade do papá. Do escritório pude ouvir a conversa:
Pai - Só mais esta Gui, prometes?
Gui - Hum, hum...
Pai- blá blá blá (história)
Gui - Agora este papá.
Pai - Bem, Gui, este era o último.
Gui - Não papá, só mais este.
Pai - Bem, este é mesmoooooooooooo o último.
Gui - (silêncio)
Pai - blá blá blá... Pronto, vitória vitória, acabou a história!
Gui - Mais este papá...
Pai - Não Gui. Acabou mesmo.
Gui - Bem... mau, mau, papá!
Pai - Mau mau?????? (entre risos escondidos) Bem, bem... Hum.
Frases para guardar
Com as devidas correcções linguisticas, aqui ficam, para me lembrar...
"A mãe tá tonta!"
"Pai, não tou a falar contigo, tou a falar com a mamã! Mãe, posso ver mais a Dora?"
"Mãe, eu vou pelos canos?" - como a água da banheira????
"Gosto muito de ti mãe, e do papá e da Kika e do Bruno e da Mariana..."
"Mãe, aquela árvore é um monstro?" - anda com medo de monstros.
"Mãe, sai do quarto... quero ficar a dormir mais um bocadinho, sai mãeeeeeeee."
"Hoje não vou à escola? Eu quero ficar em casa a brincar com a mamã..." :-(
"Mãe, o céu está azul, o avião já pode levantar voo e aterrar em casa dos avós..."
"Olha mãe, esta folha está fria, coitadinha. Posso levar?" Folha molhada, espalmada e quase desfeita, no chão.
"Quero ir à biblioteca, gosto muito." Yes!
"Mamã, posso?" Sempre que quer fazer alguma coisa.
"Obrigada mamã" Sempre, em quase tudo, mesmo sem necessidade...
"Desculpa mamã, sim?" Por tudo e por nada. Ex: quando viu o meu herpes.... sem culpa nenhuma.
"Estava a brincar...." Depois de fazer alguma coisa de mal.
Vou actualizando à medida que me vou lembrando...
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
De volta à rotina...
Nada melhor do que voltar à rotina com uma ida à esteticista (tirar uns pelitos incómodos que, sozinha, não me atrevo a tentar tirar: nariz) com o Gui. Assim que bateram as 15 e 30 badaladas lá fui a "correr" buscar o meu amorzinho ;-)... que assim que me viu, estava ainda sentado na cadeira do lanche, gritou bem alto: "é a minha mamã!" Ai o mimo ;-). (Pediu para não ir à escola). Pensei que hoje fosse um dia complicado, mas, logo pela manhã, entendeu, depois de algum protesto, que tinha mesmo de ir à escola. E assim... lá fui buscá-lo. Portou-se bem, comeu e dormiu. Bravo! Mui bien para primeiro dia depois das férias loucas que teve!
E então, como dizia eu, nada melhor do que o regresso directo à depilação com a mãe. Pedi-lhe que me desse força e que não largasse a minha mão. Assim fez. Apertando com a força mais doce do mundo a minha mão: "Forxa mãe, tu conxegues! Tu és xorte!" e..."Deita-te pra tráx mamã, olhá xera!" e... "É um macaco mamã???" e... um "Ah..... muito bem!" depois da explicação ;-).
Voltámos.
Voltei ainda mais apaixonada por este amor que é mais do que tudo. Faz-me tanta companhia.
Apontamentos:
-À excepção dos anos anteriores, já desfizemos a nossa árvore de Natal... o Gui sugeriu e eu acedi;
-Furámos as paredes da casa que andavam a Tesa;
-O Gui não pediu uma única vez a TV ;-).
-Esgotou o gluten na ilha e eu estou decidida a não comer mais carne :-(...
-O Gui está tranquilo e devora livros (principalmente do Pooh).
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