...esquecendo a febre... a terapia da fala.
Já tivemos duas sessões, ambas diagonósticas. Dessas sessões resultou o que já era esperado (mais uma vez: coração de mãe sabe sempre... 6º sentido garantido no nosso género...): o Gui tem evidentemente um problema fonológico, não de desenvolvimento da linguagem. Detectou-se, através dos vários testes, dificuldade em pronunciar sons, especificamente quase todos os que implicam movimentos com os lábios: B, V, F, P... basicamente. Tem muita facilidade em usar a língua quando os sons necessitam da sua interacção com os dentes e o céu da boca. Tem a arcada superior ligeiramente projectada e os dentes mais arqueados graças ao uso da chupeta durante o sono. Assim, as regras são estas: tirar a chupeta, abusar de tudo o que implique mastigação e trabalho maxilar, brincar com os sons com os quais tem mais dificuldade. Ontem faltámos à sessão 1 de aprendizagem das técnicas a desenvolver. Por isso, até à próxima, mantemos o nosso registo de brincadeiras com os carros e tudo o que possa envolver sons. Inventámos algumas regras que já tínhamos aplicado há uns meses nestas mesmas brincadeira. Instintivamente. Agora confirmadas. Os carros têm de fazer sons como: vrum, vává, vuvu, fum, fifi, bram e o habitual pipi ;-)... no drama, penso eu. Já passámos por tantas coisas... só queremos acelerar o processo.
Ele já se apercebeu. Não sei se é bom ou mau. Mas ontem ele dizía: "Mãe, não consigo dizer "xa"(va)"... :-( coração de mãe sofre.
Da consulta não vêm só notícias menos boas. É que, se por um lado, há dificuldade fonológica em determinados sons, por outro lado, ao nível do desenvolvimento linguístico e de raciocínio é exactamente ao contrário... por isso... desde que o tempo resolva este "pequeno" problema, ansiamos rapidamente por ouvir tudo o que sabe, sem se engasgar. Esperamos por isso com fé.
E agora, só em tipo de reflexão, eu pergunto, tal como perguntei à médica que o está a acompanhar: "E se... fossemos pais ausentes e despreocupados? E se não conversássemos com ele? E se não estivéssemos permanentemente "lá"? E se não brincássemos e não contássemos histórias? E se não fossemos à biblioteca, aos museus, aos correios...? E se não lhe explicássemos nada do que o rodeia?" Resolver-se-ia sem terapia? O problema seria maior e mais grave? Como explicar que isto aconteça a uma criança que tem "tudo" para si. Tudo significa: os bens mais preciosos. Amor, carinho, atenção, aconchego, mimo, calor, olhares, ternura... tudo. Como será com aquelas crianças (porque as há, infelizmente...) que "nada" têm? A "coisa" resolve-se só por si... terá de ser a escola, num período mais tardio, a resolver a questão? Ou ninguém actua e a criança poderá num futuro mais ou menos longínquo ter problemas... dos mais diversos pontos de vista?
Questões de mãe, apenas. Mãe de primeira viagem, mãe de um, mãe preocupada, ligeiramente revoltada, inconformada, persistente e teimosa q.b..
E... depois há internet... que assusta. Mais vale não ler, não ver, não ouvir, não saber... noc noc (na madeira... da mesa do escritório... não a do Alberto João Jardim...).
Bem, 1º de tudo não vou desejar as melhoras ao Gui porque ele não está doente. O tempo, o vosso amor, carinho e os "treinos" vão, sem dúvida nenhuma, resolver o pequeno problema. Em relação à soutras crianças, penso que iria resolver-se mt mais tarde, tendo só o factor tempo como ajudante...
ResponderEliminarMts bjinhos e toca lá a treinar Gui:)
Coração de mãe não se engana.
ResponderEliminarMas vai correr tudo bem, é só mais um obstáculo que com muito amor e carinho como sempre vai ser ultrapassado
Beijinhos