...O MEU CORAÇÃO DISPARA AO LEMBRAR AS IMAGENS QUE VI... ontem no noticiário. De uma crueldade atroz, aquele ser, mais semelhante a um assassino escondido e disfarçado, recebia, diariamente, em sua casa aquelas crianças frágeis e indefesas, deixadas pelos pais que, convencidos, partiam descansados à sua vida. Chegavam ao PESADELO. Contudo, não posso deixar de dar a minha opinião que, poderá não ser partilhada por todos... Quando vou buscar o Gui, em horas diferentes, sem contarem com a minha presença, sempre o encontro sorridente, a brincar, feliz, a correr para mim de braços abertos. NUNCA o encontrei apático, a chorar (salvo nos dias da adaptação) ou infeliz. Aborrecido, por vezes, mas quem não tem dias assim? As crianças correm pelo espaço, há brinquedos espalhados, há espaços de estímulos, cantos da leitura, da exploração de materiais, de tudo e mais alguma coisa. Será que os pais daquelas 14 crianças (PELO MENOS UM...), bebés, nunca se aperceberam da apatia geral e do sossego que não é suposto existir num espaço onde se concentram 14 crianças? E as marcas? Não existiam? E a revolta das crianças, será que de alguma forma não manifestavam, com sinais próprios, a sua insegurança, o seu medo, os seus traumas? BEM, NÃO ME COMPETE AVALIAR A FORMA COMO CADA PAI RECEBE OS SINAIS DOS SEUS FILHOS OU A FORMA COMO ESTÁ ATENTO OU NÃO PARA O QUE SE PASSA EM REDOR DOS SEUS FILHOS. Eu, enquanto mãe, passo os meus dias a olhá-lo, a avaliar o seu comportamento, a tentar denotar algo mais para além do que me diz... mas fico-me por aqui neste ponto.
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Outro ponto que agora me faz reflectir é o que sentirão agora, ao ver as imagens, e depois de terem defendido veemente aquele monstro a quem apelidaram de "como uma avó" e "a melhor pessoa que conheço" e "melhor do que ela não há". Como se sentirão os pais ao ver naquela posição os seus filhos? Como se sentiram os pais da criança cuja roupa do vídeo é perfeitamente perceptível? A dor interna de terem deixado ali os seus filhos tantos e tantos dias? Como se sentirão? Que vontade terão de confrontar visualmente aquele monstro? E que vontade terão de ir trabalhar? Que coragem arranjarão para deixar novamente os seus filhos noutro espaço. É um trauma para pais e PRINCIPALMENTE para os bebés...
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Se eu fosse uma mãe de uma daquelas crianças teria provavelmente um longo processo de recuperação pela frente. Entraria num estado depressivo e de auto-culpabilização, jamais os dias voltariam a ser os mesmos. O chão desmonoraria e a insegurança seria permanente, a culpa, os medos, e depois a super protecção para compensar as tormentas da minha criança, que, sem voz, passou por um pesadelo incalculável.
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As crianças, aquelas crianças, sentir-se-ão algum dia seguras, sem traumas? Ou irão esquecer e armazenar numa parte bem recôndita do seu ser estes dias e momentos angustiantes? Poderão alguma vez descrever por palavras aquilo que viveram para além daquilo que as janelas permitiram ver? Não quero imaginar muito mais do que vi... de cada vez que tento o meu estômago revolta-se, solta-se o choro e tenho vontade de vomitar. LITERALMENTE.
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Passei parte da noite sem dormir. O meu filho hoje foi para a creche. Tenho vontade de ficar um ano de licença sem vencimento e amá-lo todos os dias 24 horas por dia. Situações assim, espero que menos comuns do que possamos imaginar, dão razão aos meus mais profundos receios. Os filhos devem estar com os pais. As mães deverião ter direito a ficar com os seus filhos até, pelo menos, 3/4 anos... altura em que verbalizar já não constitui problema. DEVIA SER ASSIM. devia ser assssssim. DEVIA SER ASSIM....................... DEVIAAAAAAAAAAAAAAAAA
Concordo plenamente com o teu Post...
ResponderEliminarMonstro e mais não digo
Beijinhos
Ouvi falar, mas nem sequer quis saber. Agora depois de ler o teu post resolvi estupidamente ir ver o video. Á 1ª imagem parei porque não aguento ver tal coisa. A seguir à pedofilia é das coisas mais nojentas que existem. Causa-me uma coisa por dentro que eu nem sei bem o nome. Mas acredita que se fosse mãe de uma das crianças havia de fazer justiça pelas minhas mãos. Ai fazia, sem dúvida nenhuma. E ela ia sofrer tanto. Acho que aquilo nem monstro é! Nem tem nome!
ResponderEliminarComo te disse, não vi porque não tem coragem... Mas se fosse filho meu, rebentava-lhe a boca toda, a sério (e olha que não pela violência).
ResponderEliminarNem consigo imaginar o sofrimento daquelas crianças.