...e temos noção da insularidade quando parte alguém querido e amado e estamos presos na ilha devido à greve dos aviões... e não temos forma de saltar até ao outro lado do país para acompanhar a última despedida. Na semana passada foi assim. Não me despedi. Outra vez. Não estive lá no derradeiro olhar.
...depois há o peso da culpa e o receio. O medo de não saber quantas vezes mais vou passar por isto.
...depois parece que tudo acontece. Efeito de borboleta.
...Depois a chuva não caba e o tempo não muda e o sol não vem.
...depois o Gui pede muito de mim e muitas vezes não tenho força interior para brincar aos carrinhos.
...depois tenho enterradas no peito coisas que fizeram moça há muito tempo, que nos magoaram... que nos fizeram mal... e que de cada vez que m lembro o meu peito cai num precipício e volta de novo a mim.
...depois sinto-me desanimada com esta m**** toda.
...depois sinto que estou num beco e que falta fazer muita coisa, mas não sei muito bem o quê...
...depois sinto aquela inquietude vindo do nada... como se algo estivesse para acontecer.... mas não sei o quê.
...depois não me sinto quieta. Não consigo parar. A cabeça anda a mil.
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