domingo, 26 de junho de 2011

Apontamentos de actualização, uns relevantes, outros nem por isso...

...A fotografia regista o momento da "queima das fitas", da "benção das capas" e e entrega dos trabalhos de todo o ano. Cerimónia que encerra as actividades lectivas na creche do Gui. Foi um momento que não vamos esquecer. Sou, sem dúvida, um vulcão em actividade que explode de vez em quando, principalmente nestes simples momentos que envolvem a representação do crescimento do meu filho. Enfim...

Desde esse dia, a creche criou um mapa de actividades livres que vão desde modelagem, a pintura, piscina, brincadeira livre, passeios aos jardins, etc... tudo, nestes dias, nos diz que, sim, o ano lectivo está a terminar e que já passaram 7 meses desde que estivémos pela última vez com a família.

Com a chegada do sol temos aproveitado para ir à praia no final dos dias e sabe tão bem.

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O Gui mudou recentemente para a sua cama "grande"... já não era sem tempo, mas é difícil mudar os seus hábitos e as suas rotinas. O rapaz não consegue ver um tapete torto...

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Com a mudança para a cama nova ficámos com mais espaço no quarto, que sofreu algumas alterações, e com uma cama para nos deitarmos com ele... delícia.

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Delícia também foi o maior elogio que recebi de alguém, em toda a vida... enquanto me fazia carícias e conversávamos, baixinho, deitados na sua cama, no fim de um dia longo...

"Mãe, gosto da tua boca..."

"Sim, porquê" Perguntei, porque não tenho especial carinho por esta parte de mim, achei curioso.

"Porque está sempre a sorrir"

Forma dele dizer que gosta do meu sorriso e exteriorisação de que gosta de me ver e sentir feliz. Muitas vezes sinto que ele precisa de sentir que gosto dele, que estou feliz, que me sente bem. É inevitável por vezes deixar transparecer o cansaço, o esgotamento físico, mas sobretudo psiquico e ele nota bem, por isso pergunta com frequência: "Estás muito feliz mãe?", "Estás contente?", "Gostas muito de mim mãe?"...

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Estou ansiosa para regressar à "terra" de sempre. Estou desejosa de o ver brincar livre com os primos, os cães, os gatos, a terra, a água... de o deixar acordar quando quiser e adormecer quando tiver vontade.

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No outro dia disse-me uma coisa que regista, mais uma vez, a relação que tem com a natureza: "Mãe, quero fazer uma colecção." - Ai sim? O que queres coleccionar? "Pedras, folhas e... estrelas." Hum... que tipo de estrelas? "Estrelas do céu". Boa...

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Nos últimos dias tenho semtimentos extremos a povoar o meu cérebro. Sou plenamente feliz, embora me falte algo... Por outro lado, sinto que estou a falhar em alguma coisa com o Gui e, tenho cá para mim, que não é por defeito, mas por excesso... excesso de mimo, excesso que querer protegê-lo deste mundo que não é perfeito, excesso de querer facilitar-lhe a vida em alguns aspectos e saber que o mundo não lhe fará o mesmo. Muitas vezes ele revela esses excessos em atitudes e comportamentos que desejaria diferentes e é em mim que tem de começar essa diferença. E ponto.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Final de ano lectivo

Sinónimo de falta de tempo para vir actualizar o nosso blog e visitar quem nos acompanha.

Tanto para contar...

O Gui teve a sua festa de Finalista na sua creche e... foi tão bonito, mas seria necessário muito tempo para descrever com "aquela" intensidade tudo o que aconteceu...

Por isso, vim só, aqui referir que:

"ESTE BLOG AINDA EXISTE E ESTÁ DE BOA SAÚDE..."

Até já!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A minha irmã gémea...

Descobri que devo ter uma irmã gémea aqui na ilha. Há mais de um ano que me perguntam, pessoas diferentes, em espaços diferentes e em dias bem diferentes, se sou a "...."??? Digo que não e tento tirar mais informações acerca dela, agora começo a ficar curiosa, gostava de a ver, porque não é todos os dias que temos o privilégio de conhecer alguém muito semelhante, fisicamente, a nós. Ontem foi no mercado, na banca das frutas: "É a filha da Dona "......"?" -Não, não sou, mas porquê? - "Por nada, é que é mesmo igual à filha, pensei que fosse a filha dela, desculpe". Não há problema, é que começo a ficar curiosa porque já não é a primeira pessoa a dizer-me isso... que é a Sra?" E então, lá obtive uma resposta mais concreta... pode ser que um dia me cruze com ela e me veja ao espelho. ;-)

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Da creche do Gui pediram-nos um poema para festa de despedida dos finalistas. Já está. E está tão giro.... :-). Estou curiosa acerca da festa, mas tenho o coração apertado, como muitos de vocês deduzem, com a despedida dos seus amiguinhos (alguns seguem para a mesma escola e mesma sala na próxima escola) e das suas cuidadoras: A.P., M., C., e S., que todos os dias fazem um bocadinho o meu papel e me têm ajudado a educar e a cuidar do Gui o melhor que podem...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Finalista...

...E é assim, felizmente o nosso menino é finalista, significa que está a crescer... infelizmente terá de mudar de escola, significa que temos nova adaptação em Setembro e que rezar muito para que tenhamos acertado na nossa escolha. E, como é hábito nesta creche, hoje o Gui e os seus amigos finalistas, vão tirar uma fotografia a rigor. Saiu de casa com gel no cabelo, embora duvido que dure, arranjadinho. Fico curiosa para ver o resultado.
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A caminho da escola disse-lhe, mais uma vez, que daqui a algum tempo vai prá escola nova. Disse-me que não queria ir. Ontem, ao pai, disse que não ía comer mais para não crescer e não ir para a outra escola, pois dizemos-lhe sempre que tem de comer para crescer muito e poder ir para a escola dos meninos mais crescido.
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Ontem, também, disse-lhe que faltam poucos dias para voltarmos pra casa dos avós e dos primos... e para meus espanto ele respondeu: "Não mãe, eu não quero ir. Gosto muito da minha casa. Quero ficar aqui." - Respondi: "Oh, filho, mas tu gostas tanto de estar lá..." ao que ele retribuiu: "Pronto, mas vamos só um dia, porque eu gosto muito desta minha casa." E... se por um lado ouvir isto tem um sabor amargo, cada vez mais me consciencializo que é aqui a minha terra agora e, mais do que minha, é a terra dele... é aqui a sua casa, é aqui que estão os seus amigos, a sua escola, a sua praia... Será que o destino nos reservou muitos anos por cá? Devemos investir nesta nossa estadia por cá, ou devemos, ao invés, sonhar com o regresso????

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bronco-vaxom e Viternum



Bronco-vaxom - Resulta. Desde que iniciou a vacina (Fevereiro) oral nunca mais ficou doente.


Viternum - Resulta. Alguns dias depois de ter iniciado a toma que anda com um apetite voraz.

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Novos interesses: réguas e medições. Dinheiro e o seu valor. Mistura de cor e o seu resultado.


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Em Julho vou com a minha direcção de turma, 4 dias, para Santa Maria, em visita de estudo. Tinha duas opções: ou deixava o Gui com o pai e morreria entretanto de saudades ou levaria o Gui comigo. Vou levar o Gui comigo, levo o papá também e vão ser dias fantásticos, tenho cá para mim... O parque de campismo em cima da praia será o nosso destino... vai ser um desafio duplo, mas será, concerteza, muito gratificante. Os meus meninos adoram o Gui... as bicicletas provavelmente irão connosco... e aguardamos pelo REI SOL.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

...da ama MONSTRO...

...O MEU CORAÇÃO DISPARA AO LEMBRAR AS IMAGENS QUE VI... ontem no noticiário. De uma crueldade atroz, aquele ser, mais semelhante a um assassino escondido e disfarçado, recebia, diariamente, em sua casa aquelas crianças frágeis e indefesas, deixadas pelos pais que, convencidos, partiam descansados à sua vida. Chegavam ao PESADELO. Contudo, não posso deixar de dar a minha opinião que, poderá não ser partilhada por todos... Quando vou buscar o Gui, em horas diferentes, sem contarem com a minha presença, sempre o encontro sorridente, a brincar, feliz, a correr para mim de braços abertos. NUNCA o encontrei apático, a chorar (salvo nos dias da adaptação) ou infeliz. Aborrecido, por vezes, mas quem não tem dias assim? As crianças correm pelo espaço, há brinquedos espalhados, há espaços de estímulos, cantos da leitura, da exploração de materiais, de tudo e mais alguma coisa. Será que os pais daquelas 14 crianças (PELO MENOS UM...), bebés, nunca se aperceberam da apatia geral e do sossego que não é suposto existir num espaço onde se concentram 14 crianças? E as marcas? Não existiam? E a revolta das crianças, será que de alguma forma não manifestavam, com sinais próprios, a sua insegurança, o seu medo, os seus traumas? BEM, NÃO ME COMPETE AVALIAR A FORMA COMO CADA PAI RECEBE OS SINAIS DOS SEUS FILHOS OU A FORMA COMO ESTÁ ATENTO OU NÃO PARA O QUE SE PASSA EM REDOR DOS SEUS FILHOS. Eu, enquanto mãe, passo os meus dias a olhá-lo, a avaliar o seu comportamento, a tentar denotar algo mais para além do que me diz... mas fico-me por aqui neste ponto.


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Outro ponto que agora me faz reflectir é o que sentirão agora, ao ver as imagens, e depois de terem defendido veemente aquele monstro a quem apelidaram de "como uma avó" e "a melhor pessoa que conheço" e "melhor do que ela não há". Como se sentirão os pais ao ver naquela posição os seus filhos? Como se sentiram os pais da criança cuja roupa do vídeo é perfeitamente perceptível? A dor interna de terem deixado ali os seus filhos tantos e tantos dias? Como se sentirão? Que vontade terão de confrontar visualmente aquele monstro? E que vontade terão de ir trabalhar? Que coragem arranjarão para deixar novamente os seus filhos noutro espaço. É um trauma para pais e PRINCIPALMENTE para os bebés...


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Se eu fosse uma mãe de uma daquelas crianças teria provavelmente um longo processo de recuperação pela frente. Entraria num estado depressivo e de auto-culpabilização, jamais os dias voltariam a ser os mesmos. O chão desmonoraria e a insegurança seria permanente, a culpa, os medos, e depois a super protecção para compensar as tormentas da minha criança, que, sem voz, passou por um pesadelo incalculável.


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As crianças, aquelas crianças, sentir-se-ão algum dia seguras, sem traumas? Ou irão esquecer e armazenar numa parte bem recôndita do seu ser estes dias e momentos angustiantes? Poderão alguma vez descrever por palavras aquilo que viveram para além daquilo que as janelas permitiram ver? Não quero imaginar muito mais do que vi... de cada vez que tento o meu estômago revolta-se, solta-se o choro e tenho vontade de vomitar. LITERALMENTE.


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Passei parte da noite sem dormir. O meu filho hoje foi para a creche. Tenho vontade de ficar um ano de licença sem vencimento e amá-lo todos os dias 24 horas por dia. Situações assim, espero que menos comuns do que possamos imaginar, dão razão aos meus mais profundos receios. Os filhos devem estar com os pais. As mães deverião ter direito a ficar com os seus filhos até, pelo menos, 3/4 anos... altura em que verbalizar já não constitui problema. DEVIA SER ASSIM. devia ser assssssim. DEVIA SER ASSIM....................... DEVIAAAAAAAAAAAAAAAAA