segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dúvidas e mais dúvidas...

Devo ser muito parva ou muito insegura, porque a minha cabeça anda sempre à volta do mesmo. Desta vez é a pré. Ainda a pré. Ainda a pré. Ainda a pré... ainda a.... ainda... AIND...

Ontem foi o nosso dia. Fizemos a sesta juntos. Passei o tempo todo a olhar pra sua cara (um doce) e os receios atormentaram-me mais uma vez... a transição para outra escola vai ser penosa. Diz-me aquele instinto. Diz-me.

Na 6ª feira, num ataque de ansiedade, vi-me implantada na pré da básica onde trabalho. Saí de lá com as fichas de inscrição e cheinha de medos.

Com lugar garantido numa escola ainda continuo a procurar o lugar ideal. E dou por mim, neste instante, a procurar uma utopia, porque para mim, a escola perfeita é em casa, ao meu lado... enfim...

Dou por mim a imaginá-lo largado à entrada da escola a chorar enquanto me afasto. Dou por mim a pensar no gelo que vai sentir. Dou por mim a andar a 170km pra ir buscá-lo mais depressa... se possível...

O pânico instala-se mais ainda quando me lembro que, na escola onde está inscrito, as regras são: deixar a criança com a educadora logo no hall de entrada do edifício e ir embora. Ou seja, os pais não circulam dentro da escola, nos corredores... à saída, a funcionária, que está ali só para isso, liga para a sala e chama a/s criança/s dos pais que aguardam... e a educadora vem e entrega. Bom, eu sou maezinha pra entrar ali por dentro na certeza de que ninguém me vai prender. Até porque vou pagar. Entrar e ver como está. Como se enquadra no novo ambiente. Como são as suas reacções. Como é o seu olhar.

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Nesta escola, actualmente, entro, sento-me com eles, sou convidada para contar histórias ou cantar-lhes uma música... logo aí é concretizada a ligação escola/casa que eu tanto valorizo. Uma é o prolongamento da outra. Saio de lá, como ele, todos os dias depois de ali permanecer entre 20 a 30m... e depois de saber concretamente como foi o seu dia naquele espaço, onde comeu, brincou, dormiu, fez a sua higiene... eu preciso disso... preciso mesmo. É assim que deve ser. Acho eu, mãe galinha. Mãe ansiosa e stressada.

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Vou jogar no euromilhões. Vou. Vou VOUUUUUUUUUUUUUUUUUU

6 comentários:

  1. Decisões dificeis! percebo-te perfeitamente, mas tem que ser...
    bjs
    Raquel
    http://persiana.blogs.sapo.pt/

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  2. Como te compreendo, são tãos dificeis estas etapas.

    Mães galinhas é o qué :)))

    Beijos grandes

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  3. Estou 100& ctgo nessa coisa de ansiedade e mãe galinha. Não sei (nem quero) ser de outra maneira.

    Ainda não te enviei o DVD. Puro esquecimento de o levar de manhã comigo para o trabalho. Depois, qdo chego, já não tenho paciência de agarrar nos dois putos e ir aos correios.
    Desculpa. Vou já guardá-lo na pasta.
    BJS

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  4. E eu ando a atrasar esse dia, mais daqui a um ano vou ter que pensar no assunto..o quanto eu te entendo...

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  5. Ser mãe galinha é um defeito! Um defeito que eu tb tenho às carradas e nos faz sofrer e sofrer, principlamente por antecipação! O Gui obviamente que te vai surpreender e esta nova adaptação vai custar mt, mas a ti não a ele, de certeza! Agora isso de deixar o filho no corredor tb me causaria assim um bocado de comichão...
    Mas espera para ver. Não sofras já.
    Bjinhos!

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  6. Instinto de mãe não falha, é verdade, mas pensa que eles têm uma capacidade enorme em se adaptar… tu sabes bem como é já que trabalhar com crianças. Vai correr TUDO BEM, verás ;)

    Beijos
    Tété & Xavier

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